quarta-feira, 15 de junho de 2011

Lindorms

Rei Lindorm - Ilustração de livro infantil
Chamadas inicialmente de Lindormen, ou "cobras grandes" foram vistas em Varend e outras regiões da Suécia desde o século XVIII. Em 1885, o cientista e folclorista sueco Gunnar Olof Hylten-Cavallius, autor de "On the Dragon, Also Called the Lindorm" publicou 48 relatos literais, com várias testemunhas na maioria dos casos, e assim os resumiu: "Os Lindorms têm até 6m de comprimento, o corpo da espessura da coxa de um homem, cor preta no dorso com rajadas amarelas embaixo, língua forquilhada e a boca contém dentes brancos e lustrosos; a criatura é pesada e sem jeito".

O lindworm (inglês) lindorm (norueguês e sueco) ou Lindwurm (alemão), do nórdico antigo linnormr "serpente constritora", é um ser mítico descrito como uma serpente ou dragão em mitos nórdicos e germânicos e na heráldica anglo-saxônica, alemã e escandinava.

Na heráldica norueguesa, o lindorm é representado como uma serpente marinha (sjøormer). Na heráldica inglesa e alemã, o lindworm ou Lindwurm é um dragão sem asas, com duas patas, figura que deriva de antigas representações vikings de uma longa serpente gigante com chifres e, às vezes, dois braços, que freqüentemente morde a própria cauda - provavelmente uma representação da mítica Jörmungandr - que lembra o Uróboro dos gregos e romanos.

No interior da Suécia do século XIX, ainda sobrevivia a crença no lindorm. O folclorista sueco Gunnar Olof Hyltén-Cavallius encontrou várias pessoas em Småland que disseram tê-lo encontrado na forma de uma serpente gigante, de três a seis metros de comprimento, às vezes com uma longa crina. Reuniu cerca de 50 testemunhos e em 1884 ofereceu uma grande recompensa por quem apresentasse um espécime, vivo ou morto.

Ninguém jamais se apresentou para reivindicar a recompensa, mas a especulação sobre o lindorm continua viva em livros e sites sobre criptozoologia, bem como sobre o Tatzelwurm, suposto animal com características semelhantes que habitaria os Alpes suíços e austríacos.

Há um mito nórdico sobre um rei chamado Herraud ou Herrauðr que dá à filha Thora Borgarhjort, de presente, um filhote de lindworm, que cabe dentro de uma caixinha de jóias. Entretanto, a criatura cresce tanto que acaba aprisionando a princesa dentro de seu salão, que a serpente circunda mordendo a própria cauda. Tomando a princesa como refém, o lindworm exige um boi por dia.

O rei prometeu a mão da princesa àquele que a libertar e o prêmio veio a ser conquistado por um herói chamado Ragnar Lodbrok (Ragnar das calças peludas, pois eram feitas de pele), que depois veio a ser marido de Thora e tornou-se rei da Dinamarca.

Um conto do folclore escandinavo, chamado "Príncipe Lindorm" ou "Rei Lindorm", um lindorm meio homem, meio serpente nasce como um dos gêmeos de uma rainha que, para ter filhos, seguira o conselho de uma velha feiticeira que lhe aconselhara comer duas cebolas. Ela deixou de descascar a primeira cebola, o que fez o primeiro filho nascer como lindorm.

Quando o segundo gêmeo quis se casar, o lindorm insistiu que era preciso encontrar uma noiva para ele antes que seu irmão mais novo pudesse se casar. Como nenhuma das jovens escolhidas pelo rei correspondia a seu amor, ele devorou todas as noivas que lhe trouxeram, até lhe trazerem a filha de um pastor que havia falado com a bruxa. Ela chegou vestindo todas as roupas que possuía. O lindorm lhe disse para que as tirasse, mas ela insistiu que ele também tirasse uma pele para cada vestido que ela despisse. Por fim, ele tirou a última pele e, debaixo dela, havia um belo príncipe.

Há também uma lenda sobre um Lindwurm que provocava enchentes perto da cidade de Klagenfurt, na Alemanha. O Duque ofereceu uma recompensa a quem o abatesse. Alguns jovens prenderam um touro a uma corrente, e quando o Lindwurm engoliu o touro, foi fisgado como um peixe e morto. Em 1335, um crânio pré-histórico de rinoceronte peludo, encontrado em uma caverna da região, foi tomado como o crânio do Lindwurm.

O dragão Fafnir, da Canção dos Nibelungos, também é descrito como um Lindwurm.

Fontes: Fantastipedia.

Nenhum comentário: