sexta-feira, 25 de março de 2011

Ana Jansen

Assombração de uma mulher deformada pelo fogo que aparece de madrugada nas ruas de São Luís do Maranhão, conduzindo velozmente uma carruagem em chamas, puxada por enormes cavalos sem cabeça.
Conta-se que, quando viva, foi uma perversa mulher que sentia prazer ao fazer seviciarem seus escravos. Ela mandava arrancar os dentes e as unhas de crianças, filhos de escravos, que visse apanhando frutas em seus pomares. Ordenava que açoitassem cruelmente os escravos, às vezes por nenhum motivo.

A história de Ana

Ana Joaquina Jansen Pereira, apelidada de Donana (São Luís do Maranhão, 1793 - 11 de abril de 1869) cognominada "Rainha do Maranhão", filha de Vicente Gomes de Lemos Albuquerque e Rosa Maria Jansen Müller, foi uma rica proprietária de terras e imovéis, além de portadora de Títulos de Nobreza e Ativista Política e dos Movimentos Sociais. Descendente da nobreza européia, sua família se instalou no Brasil, na província de São Luís do Maranhão.

Ainda adolescente teve um filho de pai desconhecido no registro, tornando-se duplamente desonrada, por não ser mais virgem e mãe solteira. Supõe-se que um namorado a abandonou grávida, ou que o pai do bebê era casado, mas ela nunca revelou quem era realmente o pai de seu filho, ou talvez por ela mesma não saber quem fosse. Mesmo criada com muito rigor, era namoradeira, sumia de casa e passava horas fora e ninguém sabia com quem ela estava.

Expulsa de casa pelo pai com o filho recém-nascido, pobre e marginalizada, sofreu muito sozinha no mundo. Após um tempo de grandes dificuldades, até se prostituindo para sobreviver, conhece e torna-se amante por muitos anos do rico coronel Isidoro Rodrigues Pereira, pertencente à família mais rica da época, com quem teve alguns filhos, passando de amante a esposa após a morte da primeira mulher do coronel, que aceitou criar seu filho sem pai. Ele a sustentava, lhe deu casa e uma vida digna para criar seu filho, apesar que era alvo de preconceito por no início criar o filho sozinha, pois ainda não tinha casado com o coronel e só morava ela e o filho numa casa cedida por ele.

Embora descendente da nobreza européia, Ana Jansen teve uma juventude sofrida. Antes de conhecer o coronel, vivia na miséria, era mãe solteira e lutou muito para manter a mãe e o filho pequeno, já que a mãe não queria que ela saísse de casa, mas quem mandava em tudo era o pai dela, que nem queria mais saber da filha. Ana não queria ver a mãe passando necessidade e escondida do pai a ajudava, mas seu pai não queria nada que viesse dela, era muito orgulhoso.

Sua situação melhora aos poucos, depois que se tornou amante do coronel, o homem mais rico da província. Esse relacionamento mal-visto transforma Ana Jansen num alvo fácil para a sociedade moralista da época, personificada acima de tudo por sua maior inimiga: Dona Rosalina Ribeiro, que conservava a moral e os bons costumes com muito rigor, não admitia uma mulher não ser casada, ter filho de um homem que ninguém sabe quem é e ainda por cima ser amante de outro, ainda casado. O comportamento liberal e avançado de Ana era chocante para as mulheres da época, que se casavam cedo e viviam uma vida de submissão ao marido.

Isidoro assume oficialmente a relação com Ana depois da morte de sua esposa, dona Vicência. O casal permanece junto por quinze anos até a morte de Isidoro, que deixa mais seis filhos para Ana criar, filhos que teve com ela.

Voltou a ser aceita pela sociedade maranhense aos poucos, após seu casamento milionário, passou a ser mais respeitada. Os anos passaram e com a morte de seu marido, transformou-se na viúva mais rica e em uma poderosa senhora de terras, de escravos e líder política, sendo chamada de Rainha do Maranhão.

O principal motor psicológico da personagem Ana Jansen é o desejo de resgatar o nome e o prestígio de sua família, arruinado depois da falência de seu avô, Cornélio Jansen Müller. Sua famílai num passado distante teve muita fortuna, mas seu avô perdeu tudo por golpes de terceiros e ela sempre quis tirar o nome da família da lama, por mais que o pai não merecesse, pois ele sempre foi cruel com Ana.


Após a morte de Isidoro, Ana dá um largo passo em direção a este sonho, tornando-se rica, independente e poderosa, podendo ajudar a resgatar tudo que sua família teve um dia. Ela assume a fazenda Santo Antônio, propriedade do falecido coronel e, logo em seguida, consegue triplicar a fortuna herdada.

Perseverante e ambiciosa, Ana transforma o dinheiro em poder, assumindo a liderança política da cidade e reativando o esfacelado partido liberal Bem-te-Vi. Ela passa a comandar o partido e a cidade. Era um escândalo uma mulher envolvida com a política, mas ela queria ter posse dos poderes públicos e lutar por seus direitos de exercer a cidadania.

Cada vez mais, Ana é mais mal falada e invejada pelas mulheres maranhenses e odiada pelos inimigos políticos(ressaltando-se sua rivalidade com o Comendador Meireles, líder do partido conservador). Mas seu temperamento forte, explosivo e competitivo, além de sua capacidade de liderança alcançam a corte de D. Pedro II e ela passa a ser chamada, informalmente, de Rainha do Maranhão, por comandar tudo e todos, por ser a mulher mais rica e pretigiada de todos os tempos no Maranhão, de extremamente pobre e mãe solteira se tornou a mais poderosa maranhense de todos os tempos.

Era conhecida pela grande crueldade que tratava os escravos e pela autoridade extrema a que tratava seus funcionários. Era muito dura com as pessoas pois a vida nunca foi fácil para ela.

Foram conhecidas as inúmera maldades que ela fez em vida: Mandava matar quem atrapalhasse seus planos, enterrava escravos vivos, açoitava os negros sem eles terem feito nada, enterrava escravos vivos, os mutilavam, ela também mandou matar muitas crianças, cobrava pela distribuição de água na cidade, sendo que já possuía serviço grátis e ela escondia de todos. Ela copmandou a distribuição de água por 15 anos, gerava lucros para ela. Ana matava gatos e esperava eles apodrecerem e jogava nos chafarizes públicos da cidade, para ninguém utilizar a água e sim comprar a que ela possuía na fazenda.

Ela tambpem possuía um exército particular formado por 400 escravos que a defendiam e a levavam em sua carruagem pelas ruas da cidade. Todos temiam a fúria de Ana. Quem ousasse se quer a olhá-la e ela não gostasse poderia aparecer morto no dia seguinte. Ela era uma mulher que aterrorizava as pessoas. Não seria raro saber que ela assassinou todos seus maridos para ficar com a herança deles, mas nada foi comprovado ainda.

Um dia, uma escrava de dentes muito bonitos sorriu para a poderosa Jansen e ela, com ódio do sorriso, mandou arrancar o dente da negra a força, sem anestesia e a escrava morreu de hemorragia e foi jogada num poço da fazenda, sem dó nem piedade. Ana era muito cruel para com todos. Estudos no Maranhão comprovam que nesse poço estavam enterrados mais de 100 cadáveres, todos escravos de Ana, que ela mandou matar de forma totalmente desumana.

Ela também tinha muitos amantes escravos. Várias noites ela se trancava na senzala e passava a noite com mais de 5 homens as vezes. Sempre foi de trair seus maridos com os negros da fazenda. Sempre teve muitos amantes e gostava principalmente do dinheiro deles. Era uma mulher que mesmo com erros, admitia-os.

Depois da morte de Isidoro, Ana se torna amante por muitos anos do Desembargador Francisco Vieira de Melo, que aumenta sua fortuna a sustentando. Com ele teve mais quatro filhos, totalizando 11 filhos: 1 de pai desconhecido, 6 de Isidoro e 4 de Francisco. Francisco nunca quis casar com Ana e sim desejando viver com ela as escondidas e ela, por ser uma mulher avançada em seus ideais, nunca viu problemas em ser amante e nem ligava para o que as mulheres casadas diziam, pois sempre ela aparecia grávida em público, mas nem casada estava, e todos ficavam totalmente chocados.

Ela também nunca quis ser casada com ele, apenas curtia o momento de estar com um homem em momentos de solidão, não era como as mulheres da época, que se martirizavam e ficavam num casamento de aparências. Ela era moderna, não precisava casar, mas não precisava também ficar sozinha.

Mais tarde, já aos 60 anos, vivendo sozinha, pois se separou de seu amante, casa-se pela segunda vez oficialmente com o comerciante paraense Antônio Xavier, com quem não teve filhos. Esse casamento também aumentou seu dinheiro. Ela concretizou seu sonho de reerguer o nome de sua família e a fortuna deles.

Ana, a poderosa do Maranhão, morre devido a idade, aos 76 anos, e após esse fato, tem sua memória maculada pelos inimigos que a transformam em uma alma penada, em uma bruxa maldita que percorre as ruas de São Luís em uma carruagem puxada por cavalos e escravos mutilados, gritando de dor e desespero por se arrepender dos pecados que cometera. Até hoje em São Luís todos temem seu espírito e até parentes de Ana, como bisnetos e tataranetos, as pessoas evitam se aproximar por medo de uma "maldição familiar". Existem ruas com o nome dela e até uma lagoa em sua homenagem, por parte da prefeitura, pois a população não gosta dela por ela ter sido muito cruel e assassinado crianças e escravos.

Reminiscências sobre Ana Jansen

Ana Jansen sentou-se na cadeira de sua escrivaninha com as mãos sobre olhos e refletiu sobre o impacto das medidas que iria tomar contra a recém inaugurada Companhia de Águas, cuja criação interferiria diretamente em uma de suas principais fontes de renda: a distribuição de água em carroças-pipas. Havia mandado jogar gatos mortos no reservatório de água da cidade e documentar o ocorrido, pois na manhã seguinte a manchete do matutino seria: "Companhia de Águas distribui água contaminada para a população!"

Esta é uma das muitas histórias a respeito de Ana Jansen, uma mulher influente que viveu entre 1793 e 1869, em São Luís do Maranhão, uma cidade provinciana isolada no nordeste do país, cujas riquezas dependiam do trabalho escravo ao largo do Trapiche onde embarcações descarregavam mercadorias para os armazéns de secos e molhados da Praia Grande.

Viúva do Cel. Isidoro, um dos homens mais ricos da época, contraindo segundas núpcias com o comerciante Antônio Xavier, Ana Jansen foi dona de várias propriedades dentro da cidade e nos seus arredores, explorando e diversificando negócios. Sua vida foi marcada por intrigas, calúnias e desafetos, especialmente pelo fato de ser mulher numa sociedade regida por homens, durante o período Imperial no Brasil. Exerceu poderosa influência política e administrativa na então província comprando patentes e títulos de nobreza, indicando e elegendo políticos, escolhendo e demitindo funcionários públicos, removendo e derrubando magistrados. Ela não se sentia menos por ser mulher, queria lutar de igual para igual, não se rebaixava e jamais era submissa a algum homem.

Um dos seus desafetos, o comerciante Antonio Meireles, mandou confeccionar na Inglaterra vários penicos de porcelana com a imagem de Ana Jansen estampada no fundo para desmoralizá-la e os colocou à venda nos comércios da cidade. Astutamente, ela mandou comprar todos através de seus intermediários e depois mandou quebrá-los, cheios de fezes, na porta da residência do comerciante.

Mas quanto valeria a fortuna de Ana Jansen? Até que ponto ela era uma mulher rica suficiente para exercer tanto poder?

No seu testamento, a partilha de todos os bens foram avaliados em 128:169$000 (Cento e vinte e oito contos e cento e sessenta e nove mil réis). Utilizando as relações de que entre 1840 e 1870, um conto de réis comprava 1Kg de ouro, dos valores comparativos de um jovem escravo ( até 900$000) e de um boi (24$000) e dos valores de títulos de nobreza durante o Império ( ser barão custava 750$000 ) os bens avaliados no testamento de Ana Jansen foram estimados em cerca de R$ 9.000.000,00.

Um valor significativo ainda hoje, porém muito mais naqueles tempos. Apesar disso, foi-lhe negado pelo Imperador D. Pedro II o título requerido de Baronesa de Santo Antônio, cabendo-lhe, no entanto, passar para a história com o título de A Rainha do Maranhão.

Fonte: Wikipedia; Festival do Folclore de Olímpia.

Matinta Perera

Se é um pássaro ou uma velha ninguém sabe explicar ao certo. O que se sabe é que quando a Matinta assobia, o caboclo respeita e se aquieta. Imitam eles, dizendo que "em dada noite estavam em tal lugar quando de repente: Fiiiiiiiiiit, matinta perera!"
 Uma velha feia, assombrosa, toda vestida de negro, cujo rosto é ocultado por uma cabeleira negra e revolta, que anda acompanhada de um pássaro agourento.

Existe também a versão da Matinta Perera com asas, capaz de voar, e que se transforma nesse pássaro, chamado “rasga-mortalha”. O assobio estridente dessa ave assusta as crianças e não deixa ninguém dormir.

Mulheres idosas da região amazônica teriam a sina de se tornar essa criatura. Quando está prestes a morrer, ela pergunta: “Quem quer? Quem quer? Quem quer? Quem responder, acreditando tratar-se de algo valioso, transformar-se-á em Matinta Perera.

Walcyr Monteiro, em “Visagens e Assombrações de Belém”, explica que para “prender” a Matinta Perera é preciso enterrar uma tesoura virgem, aberta, colocar-lhe no meio uma chave e por cima desta um terço e rezar algumas orações. Assim ela fica presa ao local.

Fontes: Nossas Lendas Preferidas; Festival do Folclore de Olímpia.

Mapinguari

Mapinguari seria um macaco grande, muito peludo, com uma bocarra verticalizada, que vai do nariz ao estômago, num medonho rasco que ostenta lábios vermelhecidos de sangue, por onde engole cabeças humanas (só come a cabeça). Ele atrai suas vítimas por meio de seus gritos, que parecem humanos.
É uma lenda muito antiga difundida entre os indígenas nos estados da região norte: Acre, Amazonas e Pará. Uma espécie de “monstro” que muito se aproxima a um grande macaco de longa pelagem castanha escura. Sua pele assemelha-se ao couro do jacaré, com garras e uma armadura feita do casco da tartaruga.

Seus pés têm formato de pilão e com uma boca tão grande que em vez de terminar no queixo estende-se até a barriga. É quadrúpede, mas, quando em pé, alcança facilmente dois metros de altura.

Também é conhecido pelos nomes de pé de garrafa, mão de pilão e juma. A lenda sobre a “besta malcheirosa” é uma das mais difundidas pelos indígenas.

A simples menção ao nome do Mapinguari é suficiente para dar calafrios na espinha da maioria daqueles que habitam a floresta.

Alguns acreditam na origem do monstro num velho pajé amaldiçoado e condenado a viver para sempre vagando pelas selvas e nessa forma aterrorizante. Outros, ainda, justificam sua origem em índios com idade avançada e que foram desprezados por suas tribos.

Sua presença na floresta é marcada por gritos e um rastro de destruição.

Os relatos são semelhantes e afirmam que ao depararem com o tal Mapinguari o mesmo assume postura bípede e ameaçadora, exibindo suas robustas garras. Nos relatos de alguns índios a confirmação da eliminação de um fedor que dizem originar-se na barriga.

Ao andar pelas selvas, emite um grito semelhante ao dado pelos caçadores. Se um deles se encontra perto, pensando que é outro caçador e vai ao seu encontro, acaba perdendo a vida.

O Mapinguari, segundo informações jornalísticas, teria devorado vários indígenas no estado do Acre nos anos 80. Segundo alguns cronistas, o Mapinguari se alimenta apenas da cabeça das pessoas. Segundo outros, devora-as por inteiro, arrancando-lhes grandes pedaços de carne, mastigando-as como se masca fumo.

Contam também histórias de grandes combates entre o Mapinguari e valentes caçadores, porém o Mapinguari sempre leva vantagem e os caçadores felizardos que conseguem sobreviver muitas vezes lamentam a sorte: ficam aleijados ou com terríveis marcas no corpo para o resto de suas vidas.

Fontes: Foi desse jeito que eu ouvi dizer...; Mundo Tentacular; Festival do Folclore de Olímpia.

Dinossauro de duas cabeças


Uma equipe de cientistas franco-chinesa formada pelo francês Eric Buffetaut e pelos chineses Jianjun Li e He Zhang, publicaram na Biology Letters da Royal Society britânica (de dezembro 2006) a descoberta do esqueleto fossilizado de um hidrasauro (Hyphalosaurus lingyuanensis) de duas cabeças.

Com aproximadamente 120 milhões de anos, o fóssil do réptil foi encontrado ao norte da China, numa região conhecida pelo nome de Yixian.

Supõe-se que ele teria morrido ainda bebê. O animal sofria de uma má formação conhecida pelo nome de bifurcação axial, o que origina as duas cabeças. Esta á primeira vez que um fóssil deste tipo é encontrado.

Fonte: GotaLandia - O Lar da Realidade.