sexta-feira, 29 de abril de 2011

O disco de Nebra


O construtor do disco de Nebra, há 3600 anos, foi um gênio matemático em plena Idade do Bronze. Para peritos que analisaram a preciosidade, trata-se da mais antiga representação concreta do firmamento.

Os peritos que analisaram o enigmático disco estelar de Nebra estão convictos tratar-se de uma preciosidade.

"Pela primeira vez, tivemos acesso a um modelo cósmico de culturas primitivas e uma complexa visão no mundo religioso do da Europa Central", destacou o arqueólogo Harald Meller.

O disco foi encontrado por ladrões de tesouros antigos que escavavam um sítio arqueológico em Nebra (Estado de Saxônia-Anhalt), a 270 quilômetros de Berlim, em 1999.Por não ter deixado elementos escritos, até agora esta cultura era subestimada, acrescenta. "Temos de acabar em definitivo com a imagem de que os homens pré-históricos eram ignorantes", salientou o arqueólogo.

O artefato de bronze pesa dois quilos e mede cerca de 32 centímetros de diâmetro, sendo quase perfeitamente circular.

Nele estão representados em incrustações de ouro um barco, o Sol, a Lua e estrelas. Através de dois arcos nas bordas da peça, pode-se determinar os solstícios de inverno e de verão.

Uma ajuda importante para identificar os períodos de semeadura e colheita para a sociedade que dependia da agricultura numa época em que ainda não existiam calendários.

Sete pontos de ouro representam as Plêiades (na mitologia, as sete filhas de Atlas) na constelação de Taurus, como eram vistas há 3.600 anos.

Os danos causados pelos ladrões não foram alterados no trabalho de recuperação da peça, porque isso também pertence à sua história, acrescentou Meller.

Após uma odisséia de vários anos, o artefato de valor inestimável foi recuperado pela polícia em 23 de fevereiro de 2002, na Suíça, onde os policiais simularam interesse de compra para chegar aos ladrões. Eles foram condenados em setembro do ano passado.

Navio transporta o Sol

Para os pesquisadores está claro que o homem da Idade do Bronze imaginava a Terra plana, envolta por um céu em forma de cúpula. O Sol, a Lua e as estrelas circundavam a Terra. O papel do navio era transportar o Sol do oeste para o leste, durante a noite.

Esta idéia do espaço celeste em forma de cúpula só seria descrita mil anos mais tarde, pelo filósofo, astrônomo e matemático grego Tales de Mileto (cerca de 640 a 545 aC).

Interessante é também, na opinião de Meller, que representações semelhantes do mundo foram feitas no antigo Egito, na Pérsia e na própria Bíblia.

O arqueo-astrônomo Wolfhard Schlosser, da Universidade Ruhr, de Bochum, descobriu no início de 2004 que os pontos cardeais Leste e Oeste foram trocados intencionalmente, da mesma forma como se faz hoje em dia em cartas estelares.

"Enquanto em mapas terrestres o Leste sempre está à direita, em mapas celestes ele sempre aparece do outro lado, pois o observador está olhando da Terra para o céu", explica.

Já o físico e astrônomo Rahlf Hansen, do Planetário de Hamburgo, acha que o construtor do disco teria vindo da Babilônia à Europa, provavelmente devido a relações comerciais.

Hansen acrescentou que foram encontradas representações das Plêiades em sinetes babilônios, objetos usados para lacrar.

Os arqueólogos acreditam que a área onde o artefato foi encontrado, num morro de 252 metros de altitude em Nebra, tenha servido de local para cultos religiosos e de observatório astronômico.

Fonte:  Deutsch Welle

O ossuário de Tiago

Quando descobrem um fóssil duvidoso tido por algum especialista como "elo perdido" ou coisa que o valha, a mídia geralmente faz aquele estardalhaço. Por que, então, silenciaram sobre a primeira descoberta arqueológica referente a Jesus e Sua família?
O ossuário (urna funerária, foto acima) de Tiago data do século 1 e traz a inscrição em aramaico "Tiago, filho de José, irmão de Jesus" (Ya'akov bar Yosef achui d'Yeshua). Oculto por séculos, o ossuário foi comprado muitos anos atrás por um colecionador judeu que não suspeitou da importância do artefato.

Só quando o renomado estudioso francês André Lemaire viu na urna, em abril de 2002, a inscrição na língua falada por Jesus, foi que se descobriu sua importância. O ossuário foi submetido a testes pelo Geological Survey of State of Israel e declarado autêntico. Segundo o jornal The New York Times, "essa descoberta pode muito bem ser o mais antigo artefato relacionado à existência de Jesus".