domingo, 28 de fevereiro de 2016

O Sabá das Bruxas - Parte 6

Illustration by Martin van Maële of a Witches' Sabbath (1911 edition of Jules Michelet's La Sorcière)

As Formas Diabólicas de Satanás

Nestes encontros, algumas poucas vezes, Satanás esteve ausente; nestes casos, um pequeno demônio tomava seu lugar. De Lancre enumera as várias formas que o diabo assume nestas ocasiões, tão variadas quanto seus movimentos são "inconstantes, cheios de incertezas, ilusão, decepção e impostura".

Algumas das bruxas que ele examinou, entre as quais uma garota de 13 anos chamada Marie d'Aguerre, disse que naquelas assembleias havia uma grande garrafa ou cântaro no meio do Sabá; dali o diabo saía assumindo a forma de bode que, subitamente, tornava-se enorme e assustador. No fim do Sabá ele retornava à garrafa.

Outros o descrevem como um grande tronco, como o de uma árvore, sem braços ou pés, sentado em uma cadeira com as feições de traços humanos grosseiros. É recorrente a referência à face de bode, com dois chifres na testa e dois chifres na nuca. Nos relatos mais frequentes, são três os chifres do Capeta sendo que o do meio [da testa] serve para fornecer luz e fogo ao Sabá. Ocasionalmente, o Demo usa um chapéu ou tipo de capa sobre os chifres.

"Na frente, ostenta seu membro e atrás, possui uma cauda que lhe sai de uma segunda face traseira, rosto este que é oferecido ao beijo cerimonial que seus adoradores lhe dão em sinal de submissão. Este Diabo é aqui representado como imagem de Priapus. Marie d'Aspilecute, 19 anos, residente em Handaye, declarou que na primeira vez em que foi apresentada ao Demônio, beijou-o naquela face, traseira, três vezes.

Outros disseram que o Diabo é como um homem de grande porte, "envolvido em vapores que o encobrem, de modo que não o vejam claramente"... Sua face é vermelha como o ferro aquecido na fornalha. Corneille Brolic, uma adolescente de 12 anos, disse que quando o viu pela primeira vez ele tinha forma humana, porém, com quatro chifres em sua cabeça e sem braços.

Estava sentado em um púlpito cercado de algumas mulheres, suas favoritas... Jannete d'Abadie, de Siboro, 16 anos, disse que Satanás tinha duas caras, uma na frente outra na parte de trás da cabeça, [tal como a representação do deus Janus]. O Diabo também foi descrito com um grande cachorro negro.

Em tempos mais remotos, Satanás apareceu, frequentemente, em forma de serpente - outro ponto de contato com os cultos priápicos. Na Idade Média, no entanto, a forma de bode foi a mais comum.


Fonte: The Witches' Sabbath — O Sabá das Bruxas de Thomas Right | tradução & adaptação: ligiacabus

O Sabá das Bruxas - Parte 5

The Witches' Sabbath, Claude Gillot (1673-1722), gravura (detalhe). Paris, Bibliothèque Nationale De France

Pierre de Lancre — Bruxaria em Labourd

Outro francês, Pierre de Lancre, conselheiro do rei, juiz do parlamento de Bordeaux, ingressou, em 1609, em uma comissão encarregada de apurar acusações de bruxaria em Labourd, distrito das províncias bascas, região célebre por suas bruxas e aparentemente, pelo baixo nível de moralidade de seus habitantes. Labourd é um lugar isolado e seus moradores conservaram suas antigas superstições com grande tenacidade.

De Lancre investigou a natureza dos demônios e a razão pela qual os residentes de Labourd eram tão ligados à feitiçaria. As mulheres locais, eram de temperamento naturalmente lascivo, coisa que se podia ver na maneira de vestir e arranjar os cabelos, singularmente indecentes, expostas sem a menor modéstia. O principal produto agrícola era a maçã, curiosa associação com o aspecto pecaminoso de Eva. De Lancre ficou quatro meses estudando a situação de Labourd e, depois de tudo que tinha visto e ouvido, resolveu dedicar-se ao estudo da bruxaria e, no devido tempo produziu seu grande trabalho sobre o tema: Tableau de l'Incosntance des Mauvais anges et Démons.

De Lancre escreve honestamente e acredita no que diz. Seu livro tem valor pelo grande número de informações que contém incluindo confissões de bruxas transcritas nas próprias palavras das depoentes. Um segundo livro foi dedicado totalmente aos detalhes do Sabá.

A pesquisa de revelou algumas contradições e mudanças. Nos tempos antigos, as noites de segunda-feira eram as noites de Assembleia. Na época do estudo, estas noites eram as de quarta e sexta-feira. Algumas bruxas disseram que seguiam para o lugar do encontro ao meio dia. A maioria, entretanto, afirmou que meia-noite era o horário certo.

O lugar do Sabá era, de preferência, uma encruzilhada, mas não obrigatoriamente. Era suficiente um lugar isolado, um sítio mais selvagem, no meio de uma charneca, especialmente longe de habitações humanas ou de lugares assombrados.

Ali, na região de Labourd, esse lugar era chamado Aquelarre, significando Lane de Bouc ou Mata do Bode, uma referência à forma caprina assumida por Satanás nestes Sabás.

Na mesma região, outros lugares, ainda, teriam sido cenários de Sabás: "Mais de cinquenta testemunhas nos asseguraram que tinham estado em uma 'Mata do Bode' para o Sabá na montanha de La Rhune, algas vezes, em uma abertura da montanha [uma caverna? ], outras vezes, na capela do Espírito Santo, que fica no cume; algumas vezes o Sabá foi realizado na igreja de Dordach, nos limites de Labourd. Em outras ocasiões, ainda, a Assembleia se reunia em casas, residências particulares.

Porém, o mais usual é que o Diabo escolha para os Sabás as entranhas da mata, as casas velhas, abandonadas, ruínas de antigos castelos, especialmente se ficam no alto das montanhas. Um velho cemitério pode servir, se é isolado, e o mesmo se aplica às capelas, ermidas, o topo de um rochedo debruçado sobre o mar, como aquele onde fica a capela de Saint Jean de Luz, Puy de Dome em Perigord e locais semelhantes.


Fonte: The Witches' Sabbath — O Sabá das Bruxas de Thomas Right | tradução & adaptação: ligiacabus

Uma Incrível Coincidência


Fatos da vida muitas vezes imitam a ficção. Vejamos o misterioso caso dos dois Richard Parker. O primeiro, um taifeiro, personagem da "Narrativa de Arthur Gordon Pym", romance inacabado de Edgar Allan Poe, publicado em 1837.

No curso da narrativa de Poe, quatro marinheiros naufragam no mar e escapam em pequeno barco salva-vidas. Ameaçados pela fome, os quatro finalmente decidem tirar a sorte para ver que seria sacrificado e canibalizado pelos outros três. Parker tirou o palito mais curto e foi prontamente esfaqueado e devorado pelo trio de sobreviventes.

Mais de quarenta anos depois a história inacabada de Edgar Allan Poe repetiu-se com incrível precisão e com detalhes macabros. Quatro sobreviventes de um naufrágio salvaram-se com o bote salva-vidas, tiraram a sorte com palitos para ver quem sobreviveria e quem seria devorado. E o perdedor foi Richard Parker, o taifeiro do navio. Seus companheiros foram julgados por um tribunal inglês, em 1884.

O evento macabro talvez nem tivesse chegado ao conhecimento do grande público, não fosse um concurso patrocinado pelo London Sunday Times em busca de coincidências incríveis.

Nigel Parker, um menino de 12 anos, venceu a competição. O infeliz taifeiro devorado pelos companheiros de navio fora primo do bisavô de Nigel.


Fonte: Livro «O Livro dos Fenômenos Estranhos» de Charles Berlitz

O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet


Dizem que Sweeney Todd nasceu em 1748 como Benjamin Barker, e cresceu em uma Londres empestada por doenças, poluição, pobreza e corrupção. Foi aprendiz de barbeiro, teve noções de anatomia e de como assaltar com mão leve os bolsos de clientes.

Após sair da cadeia, abriu uma loja na Rua Fleet e casou-se com uma bela jovem, que atraiu a inveja do juiz da cidade (vivido por Alan Rickman). O casal cai numa cilada da Justiça e é separado. Ele fica em uma prisão na Austrália por 15 anos. Ela se envenena. Todd então volta à Europa em busca de vingança. Nasce a lenda.

De volta à barbearia na Rua Fleet, Todd encontra a proprietária do imóvel, Srta. Lovett, que guardou suas navalhas e um amor incondicional por ele. Unidos na trama de vingança, decidem também reerguer a loja de tortas de Lovett.

O barbeiro despachava suas vítimas puxando uma alavanca na sua cadeira de barbeiro fazendo-as cair em uma passagem secreta numa queda até o porão que provocava fraturas letais no pescoço ou no crânio. Se ainda sobrevivessem a isso, Sweeney descia até lá e cortava sua garganta. Após isso, os cadáveres das vitimas serviam de recheio para as tortas de carne feitas pela sua cúmplice e/ou amante Lovett.

Como algumas partes dos corpos não eram úteis para as tortas, (como o crânio, e roupas, por exemplo) elas ficavam lá no porão mesmo, apodrecendo. O cheiro da decomposição destes corpos foi ficando forte e mais forte, até chamar a atenção das autoridades, que ao entrarem lá descobriram partes de corpos e roupas de aproximadamente 160 pessoas.

Sweeney foi enforcado enquanto Lovett se envenenou. O corpo de Sweeney foi encaminhado para a escola de medicina, onde foi esquartejado e estudado, numa forma semelhante à de suas vítimas. Devido a bizarrice do caso, todas as pistas de Sweeney foram encobertas, e a história virou uma lenda.

Alguns peritos e historiadores alegam que esta história é real, e que Sweeney viveu em meados de 1800 como um barbeiro louco e assassino, que degolava pessoas com sua lâmina sem precisar de muitos motivos, com uma história nem um pouco romântica ou melodramática. Um homem anormal, amargo e avarento a ponto de matar por dinheiro.

A primeira vez que a história surgiu foi em 1846, no romance "The string of pearls". Um ano depois ganhou adaptação para os palcos e o subtítulo "O barbeiro demoníaco da Rua Fleet". Logo, Todd rivalizava com outro assassino cruel do século XIX: Jack, o estripador.

Assim, a lenda de Todd virou inspiração para vários espetáculos teatrais, como para filmes, inclusive para televisão. Em 1973, um dramaturgo britânico apresentou a trama de vingança de Todd e do juiz de Londres no palco. É esta versão que inspirou o aclamado compositor Stephen Sondheim a montar o espetáculo definitivo, cujas canções encantaram Tim Burton.


Fontes: O Globo Online 07/02/2008; Mansão do Medo.

Os Sonhos e as Premonições de Chris Sizemore

Joanne Woodward em The Three Faces of Eve (1957), a versão do cinema da vida real de Chris Sizemore.


As pessoas que sofrem de personalidades múltiplas já têm problemas suficientes. No entanto, como Chris Sizemore, protagonista na vida real de "As Três Faces de Eva", muitas dessas pessoas relatam serem atormentadas por imagens psíquicas e sonhos.

Sizemore diz que viveu sua experiência mediúnica mais marcante ainda criança, quando sua irmã teve pneumonia. Pelo menos todo mundo pensava que fosse pneumonia, exceto Chris, que contou um sonho perturbador. Ela se viu descendo uma colina muito arborizada, em direção à planície. Quando se virou para subir o morro outra vez, Jesus apareceu diante dela e disse:

- Minha filha, sua irmã está com difteria, não pneumonia. Conte a sua mãe.

Quando Chris contou o sonho aos pais, eles receberam a informação com ceticismo. Mas chamaram o médico da família, que reexaminou a menina e diagnosticou o caso como difteria. O sonho de Chris provavelmente salvou a vida da irmã.

Nessa época, Chris já sofria por causa das múltiplas personalidades. Ela jamais foi curada por seus psiquiatras, a despeito do soerguimento moral que culminou com um livro e um filme sobre sua vida. Passou vários anos perturbada, vivendo períodos em que mudava de personalidade constantemente, em Roanoke, Virginia, onde suas experiências mediúnicas ocorreram repetidas vezes.

Esses episódios normalmente assumiam a forma de premonições e, invariavelmente, focalizavam sua família. Certa ocasião, ela teve uma visão em que o marido foi eletrocutado. Pediu-lhe para que não fosse ao trabalho naquele dia. O substituto, enviado para reparar alguns cabos de força, morreu eletrocutado durante o serviço.

Posteriormente, sentiu medo quando a filha teve de tomar a vacina antipólio do dr. Salk. O marido recusou-se a levar a premonição a sério, e a pequena recebeu uma dose de vacina estragada. Resultado: a menina ficou seriamente doente.


Fonte: Livro «O Livro dos Fenômenos Estranhos» de Charles Berlitz

As Levitações de Peter Sugleris


Peter Sugleris, de 22 anos, tem muita coisa em comum com Uri Geller, inclusive a habilidade de dobrar objetos de metal como chaves e moedas, afetar instrumentos eletromagnéticos a distância, parar e movimentar ponteiros de relógios. Sugleris também afirma que pode levitar como o venerável São José de Copertino e o médium D. D. Home, do século 19.

Quando ainda era um menino, a mãe de Sugleris, nascida na Grécia, achava que essa habilidade de levitar fora herdada e referia-se a ele como "Hércules", aludindo ao herói mitológico grego, famoso pela força e coragem. O tio de sua mãe, conforme diziam, levitara em pelo menos duas ocasiões, quando tinha 16 e 18 anos de idade.

Sugleris afirma que costuma levitar mais frequentemente na presença de membros da família, durante o curso normal de sua vida. Mas, acrescenta, pode levitar à vontade, embora não como decorrência das ordens de alguém.

- O feito envolve imensa concentração - afirma.

Por isso, ele se prepara, com frequência, com vários meses de antecedência, entregando-se a uma dieta vegetariana.

Em ocasião mais recente, filmada em vídeo pela esposa, Esther, em fevereiro de 1986, Sugleris elevou-se do piso da cozinha a uma altura de aproximadamente 50 centímetros, e permaneceu suspenso no ar durante 47 segundos. Enquanto levitava, seu rosto assumiu um ricto que chegou a assustar sua mulher.

- Pensei que ele fosse explodir - declarou ela -, de tão inchado que ficou.

Posteriormente, Sugleris descreveu a experiência, afirmando que suou em profusão e sentiu tontura e sonolência.

- Levei de dez a quinze segundos para recobrar a consciência - revelou ele. - Senti-me confuso e estonteado, e tive a impressão de que eu ia apagar. Foi uma coisa feita com raiva. Eu queria provar que era capaz.

O ricto assustador durante a levitação é, pelo menos em parte, reminiscência de São José de Copertino, o levitador mais famoso de todos, que, segundo declarações de testemunhas, começava e terminava êxtases com um grito agudo e penetrante.


Fonte: Livro «O Livro dos Fenômenos Estranhos» de Charles Berlitz

A Dança dos Mortos


Figura: O cemitério Christ Church em Oistins, Barbados, é conhecido por uma série de incidentes inexplicáveis ​​no início do século 19, envolvendo os caixões dentro do jazigo. Cada vez que a tumba era aberta para enterrar um membro da família, todos os caixões que lá estavam, eram encontrados em posições diferentes. Quando isso aconteceu várias vezes, inexplicavelmente, ao longo de vários anos, o jazigo foi finalmente abandonado.

Os mortos não falam, mas isso não significa que não possam se movimentar. O caso mais marcante de movimento post-mortem de que se tem notícia aconteceu num jazigo na ilha de Barbados, ex-colônia britânica, que já pertenceu à Federação das Índias Ocidentais, localizada na costa da Venezuela.

O cenário dos macabros acontecimentos foi o jazigo da família Walrond, proprietária de plantações e de grande número de escravos, que colocava seus mortos para descansar - ou para o que achava que seria um descanso - em uma tumba de pedras no Cemitério Christ Church.

Thomasina Goddard, membro da família Walrond, foi enterrada ali, pela primeira vez, em 1807, porém no espaço de um ano a propriedade do jazigo foi assumida por outra geração de proprietários de escravos, os Chase. Duas de suas filhas foram enterradas nos jazigos, nos anos de 1808 e 1812.

Thomas Chase, o pai, também faleceu em 1812. Quando a enorme laje de mármore, que cobria a tumba, foi aberta para o enterro, os coveiros encolheram-se horrorizados. Os caixões de chumbo das duas moças estavam em pé, de cabeça para baixo. Não foi encontrado nenhum vestígio de arrombamento ou profanação. No entanto, de alguma maneira, os caixões se movimentaram sozinhos. Mas como?

Um parente do sexo masculino morreu em 1816, o que fez com que o jazigo fosse aberto outra vez. E, novamente, os caixões foram encontrados em estado de total desordem. O de Thomas Chase, que exigira oito homens para transportar, estava em pé, apoiado contra a parede.

Oito semanas mais tarde, outro enterro atraiu uma multidão de curiosos. Embora o jazigo tivesse sido lacrado após a última e perturbadora descoberta, os caixões dos Chase haviam, outra vez, se movimentado. Lord Combermere, governador de Barbados, foi chamado para ir ao local.


Em 1819, ele ordenou que os caixões fossem empilhados, e que se colocassem lacres em volta da laje de mármore que servia de cobertura. Contudo, o governo não era páreo para os fantasmas. No ano seguinte, quando as pessoas ouviram ruídos que provinham da sepultura assombrada, Lord Combermere ordenou que o jazigo fosse aberto para inspeção.

E o que já era esperado aconteceu. Depois que os lacres do governador foram removidos, os inspetores entraram na escuridão úmida e descobriram que os ataúdes de chumbo haviam, uma vez mais, realizado sua dança macabra. Apenas o caixão de madeira original de Thomasina Goddard permanecia inalterado.

Finalmente, os corpos foram removidos e enterrados novamente, em um canto mais tranqüilo do cemitério. Hoje em dia, o jazigo de Christ Church permanece aberto e abandonado. Os mortos foram expulsos por forças poderosas e desconhecidas.


Fonte: Livro «O Livro dos Fenômenos Estranhos» de Charles Berlitz

Sapos Fossilizados


Figura - Trabalhadores fazendo uma escavação em Hartlepool, Inglaterra, em 7 de abril de 1865, abriram um bloco de pedra calcária de magnésio e descobriram um sapo vivo. O Hartlepool Free Press relatou, "A cavidade não era maior do que o seu corpo, e apresentou a aparência da moldação por isso. Os olhos do sapo brilhavam de maneira incomum e ficou cheio de vivacidade com sua libertação".

Contam-se muitas histórias de animais vivos ou mumificados encontrados dentro de pedras. Grande parte delas refere-se a sapos e rãs. Uma dessas histórias conta que durante a construção da Hartlepool Waterworks, nas proximidades de Leeds, Inglaterra, em abril de 1865, os operários da pedreira supostamente encontraram um sapo vivo dentro de uma pedra calcária de 200 milhões de anos. O sapo, a uma profundidade de 7,50 metros, deixara a forma de um molde perfeito na pedra.

De acordo com relatos jornalísticos, o sapo estava vivo, mas era incapaz de coaxar, porque sua boca se fechara para sempre. No entanto, ruídos semelhantes a latidos eram emitidos pelas narinas. Com exceção do "comprimento extraordinário" das patas traseiras, ele parecia ser um espécime normal, embora tenha morrido poucos dias após ter sido encontrado.

Mais ou menos nessa mesma ocasião, a revista Scientific American publicou matéria contando como o mineiro Moses Gaines abriu uma grande pedra arredondada e encontrou um sapo escondido ali dentro, novamente como se a rocha tivesse acabado de se fechar ao redor dele. O animal foi descrito da seguinte maneira:

"Oito centímetros de comprimento, muito roliço e gordo. Os olhos eram bem maiores do que os das espécies de mesmo tamanho, como os que vemos todos os dias".

O sapo de Gaines também estava vivo, embora preguiçoso.

"Tentaram fazê-lo saltar, cutucando-o com um pedaço de pau", reportou a revista, "mas ele não lhes deu atenção."


Foto - Relatórios de animais sepultados encontrados dentro de pedras (supostamente, por vezes, ainda vivo) datam do século 15 e também ocorreram nos anos 1980.

Essas histórias e outras abriram uma verdadeira caixa de Pandora científica, que ainda não foi satisfatoriamente fechada. O dr. Frank Buckland tentou reproduzir o feito colocando sapos dentro de blocos de pedra calcária e arenito e enterrando-os a uma profundidade de 1 metro em seu jardim. Um ano depois, quando retirou as pedras, os sapos encerrados nos blocos de arenito estavam todos mortos. Em compensação, os sapos colocados dentro de pedras calcárias saíram-se melhor; dois estavam vivos e, na verdade, até chegaram a aumentar de peso. Mas quando Buckland repetiu a experiência, para que não restasse nenhuma dúvida, todos os sapos morreram.

Não desanimado com o resultado negativo, um francês conhecido como monsieur Séguin foi ainda mais longe. Em 1862, ele encerrou vinte sapos em gesso calcinado em Paris e deixou o bloco secar. Então, enterrou-o. Quando Séguin abriu o bloco, doze anos mais tarde, conforme a história, quatro dos sapos ainda estavam vivos.


Fontes: Phenomenon - Circa71; Livro «O Livro dos Fenômenos Estranhos» de Charles Berlitz

O Castelo de Pedra-Coral


O pequeno e solitário letão trabalhou arduamente, principalmente à noite, no ar úmido da Flórida, erigindo um monumento a um amor não correspondido.

De 1920 a 1940, o diminuto Edward Leedskilnin (ele tinha apenas 1,50 metro de altura e não pesava mais de 50 quilos) deu forma a imensos blocos de pedra-coral, que chegavam a pesar até 30 toneladas, usando técnicas que só ele conhecia. Os resultados, que parecem mais moldados do que esculpidos, continuam a maravilhar arquitetos e engenheiros, bem como os 100 mil turistas que para lá acorrem todos os anos.

O objeto do amor e do trabalho de Leedskilnin foi uma noiva adolescente, sempre mencionada por ele como "a Doce 16". Rejeitado um dia antes do casamento, ele abandonou a Letônia, sua pátria, e foi morar na Flórida. Usando os blocos de construção de que dispunha, Leedskilnin começou a construir o Castelo de Pedra-Coral em 4 hectares de terra, na esperança de atrair seu relutante amor para os Estados Unidos.

Ela nunca foi, mas Leedskilnin continuou o trabalho, tecendo uma aura impenetrável de mistério e majestade ao redor de seu projeto solitário. Ninguém jamais ficou sabendo como ele conseguia levantar os gigantescos blocos de pedra-coral do chão e carregá-los em seu caminhão, ou como os amoldava e os colocava no lugar. Equilibrava uma laje de 9 toneladas tão delicadamente que ela se abria ao simples toque de um dedo. Quando apareciam visitantes, Leedskilnin interrompia o trabalho, recomeçando apenas depois que eles iam embora.

Quando Leedskilnin morreu, em 1951, morreram com ele os segredos, embora tenha, certa vez, declarado que utilizava as mesmas técnicas empregadas para a construção da pirâmide de Quéops. A única coisa que afirmou com certeza é que dominara as leis naturais de peso e equilíbrio.

Leedskilnin não teve a mesma sorte no amor. Depois de muitos anos, Doce 16 foi encontrada. Perguntaram-lhe se ela gostaria de visitar o Castelo de Pedra-Coral.

- Eu não estava interessada nele quando tinha 16 anos - respondeu -, e, agora que estou com 80, interesso-me menos ainda.

Aproximadamente 8 mil turistas visitam o Castelo de Pedra-Coral todos os meses, e ficam extasiados diante de maravilhas como um modelo de 18 toneladas de Saturno, inclusive com os anéis, colocado no alto de paredes de quase 1 metro de espessura. Marte, também representado por um globo de pedra-coral de 18 toneladas, está congelado em órbita ali perto.

Esse monumento, construído em nome do amor, traz-nos à memória o Taj Mahal, em Agra, Índia, tumba considerada a mais bela construção de todo o mundo. Foi construída em mármore, arenito e pedras semipreciosas pelo imperador mongol Shah Jahan, para sua esposa favorita Mumtaz-i-Mahal.

No entanto, o Taj Mahal absorveu, em sua construção, centenas de operários talentosos, que contaram com a ajuda de guindastes e mastros de cargas especiais, usados para a edificação de maravilhosos palácios mongóis e foi financiado por fundos ilimitados. Cooperaram ainda um exército de fornecedores e muitas juntas de bois para o transporte. Em contrapartida, o Castelo de Pedra-Coral foi construído à noite e por um único homem.


Fonte: Livro «O Livro dos Fenômenos Estranhos» de Charles Berlitz

Sete Mitos sobre Gatos


Como um autêntico gato vira-lata, que nos chamam de "peleques" (meu nome: gato peleque), na região do litoral de Santa Catarina, reproduzo descaradamente os sete mitos sobre nós, os bichanos, de uma certa revista.

Tenho uma pelugem totalmente negra e meus antepassados foram perseguidos e mortos, juntamente com seus donos (donas) numa empreitada diabólica, de superstições. Ignorantes! Aquele papa Gregório, perseguidor de bichanos? Ah, coitado! Ele já "elvis" ardendo no inferno faz 800 anos. Mas vamos aos fatos ...

1. Gatos odeiam água

Depende do gato. Algumas raças, como o maine coon e o turkish van, adoram. Tanto que na falta de um rio ou lago, se enfiam debaixo de torneiras, dentro de banheiras e até em vasos sanitários. Para outras raças, é tudo questão de costume. "É bom lembrar que são animais muito higiênicos e mesmo os que não gostam de água estão sempre se lambendo para ficar limpos", afirma a veterinária Tânia Fernandes, professora da Universidade Metodista de São Paulo.

2. Eles enxergam no escuro

Quase. Eles têm uma visão noturna 10 vezes melhor do que a dos humanos. Mas ainda é preciso haver alguma luz para que uma camada extra de células que existe nos olhos dos gatos possa refleti-la de volta à retina, aumentando a visão.

3. Gato preto dá azar

Essa é uma lenda contraditória. Em boa parte do Ocidente, a partir da Idade Média, surgiu a crença de que cruzar com um na rua era azar na certa. No Japão e no Reino Unido, é considerado um bom sinal. Pelo menos para os gatos, pode ser mesmo muita sorte: uma pesquisa do Instituto Nacional de Saúde dos EUA sugere que o gene que dá a coloração preta ao animal também seria responsável por torná-lo imune ao vírus do HIV felino.

4. Eles não podem ser adestrados

Apesar da fama de insubordinados, podem sim. "Com um pouco de paciência e as técnicas certas, gatos podem aprender os mesmos truques que os cachorros", afirma o adestrador Gustavo Campelo, de São Paulo. Na Rússia, há 30 anos, o Teatro dos Gatos de Moscou conta com mais de 120 gatos que fazem acrobacias, andam em corda bamba e equilibram bolas no nariz.

5. Apegam-se à casa e não aos donos

Gatos têm um forte senso territorial, mas também sabem muito bem quem cuida deles. Em 1952, uma gata persa andou mais de 2.400 quilômetros pelos Estados Unidos até encontrar seus donos, que se mudaram da Califórnia para Oklahoma.

6. Gatos tem 7 vidas

Bem que eles gostariam. Em alguns países no Hemisfério Norte, a lenda diz que eles tem até 9. Mas a verdade é que tem uma só, que dura em média 15 anos para gatos domésticos e apenas 2 para os de rua.

7. Sempre caem em pé

Esse é um dos mitos que deram origem à história acima. Mas a queda precisa ser de uma distância mínima de 60 centímetros do chão para que eles consigam se virar a tempo. E se for de uma altura muito grande, mesmo caindo sobre as 4 patas, podem se machucar.

8. Bichanos ou outros animais decapitados (aqui não é mito, é realidade atual)

O diabo é sempre presente em mentes desocupadas. Sempre existem imbecis, idiotas, que não tem o que fazer, fazendo questão de aparecer nas redes sociais se mostrando com facas e mostrando cabeças de animais ... Nunca se darão bem nesta vida terrena.

Um beijo à todos! Miaaauuu!


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