segunda-feira, 2 de maio de 2016

Eliza Battle


O Eliza Battle era um luxuoso barco a vapor que navegava no rio Tombigbee, numa rota entre Columbus, Mississippi e Mobile, Alabama, durante a década de 1850. Foi inaugurado em Indiana em 1852 e que regularmente divertia presidentes e VIPs. 

Em uma noite fria de fevereiro de 1858, quando navegava perto de Pennington, Alabama, o desastre aconteceu.

Um incêndio iniciou em fardos de algodão no convés principal se espalhando rapidamente. Fora de controle o navio afundou. Homens morreram em esforços para salvar suas mulheres e entes queridos e mulheres morreram tentando salvar seus filhos. Foi o maior desastre marítimo da história do rio Tombigbee, com uma estimativa de trinta e três pessoas mortas, dos presumíveis sessenta passageiros e quarenta e cinco tripulantes.

O navio afundou cerca de 8 metros e seus restos permanecem por lá até hoje.

Durante as enchentes da primavera, tarde da noite durante a lua cheia, o barco pode ser visto saindo da água e flutuando no rio, com música e queima de fogos no convés. Às vezes apenas o contorno do navio é avistado.

Dizem que é possível ver uma placa com o nome Eliza Battle ao lado do navio. Pescadores locais acreditam que avistar a embarcação é sinal de tragédia iminente e maus presságios.

Esse desastre e suas consequências viram o Eliza entrar no folclore do sudoeste do Alabama como um navio-fantasma, com inúmeras aparições do navio em chamas a partir do norte de Pennington para Nanafalia rio abaixo.

A história do desastre e do folclore associados viraram ficção em inúmeras histórias publicadas, mais notavelmente em “The Phantom Steamboat of the Tombigbee”, um pequeno conto que faz parte do livro "13 Alabama Ghosts and Jeffrey" (livro publicado em 1969, de autoria da folclorista Kathryn Tucker Windham e Margaret Gillis Figh).


Traduzido da Wikipédia

Baychimo Navegando à Deriva


O SS Baychimo era um navio de carga de 1.322 toneladas, construído em 1914 na Suécia e de propriedade da Hudson's Bay Company, usado para negociar provisões e peles em assentamentos ao longo da costa da Ilha Victoria, em territórios do noroeste do Canadá. 

Ele se tornou um navio-fantasma notável ao longo da costa do Alasca, sendo abandonado em 1931 e visto inúmeras vezes desde então até sua última aparição em 1969.

Originalmente batizado de Ångermanelfven, tinha 70 metros de comprimento e era propulsado por um motor à vapor de expansão tripla que desenvolvia até 10 nós de velocidade. O Ångermanelfven foi utilizado também na I Guerra Mundial (1914 – 1918) nas rotas alemãs entre o Império Alemão e o Reino da Suécia no Mar do Norte. Muitos soldados feridos transportados morreram a bordo.

Com a derrota da Alemanha e seus aliados na grande guerra. Após o tratado de Versalhes a Alemanha teve que ceder uma grande parte da sua frota mercante como reparação de guerra, entre os navios de sua marinha mercante estava o Ångermanelfven que foi comprado pela companhia de navegação escocesa Hudson Bay por um custo muito baixo e foi rebatizado de Baychimo.

O Bachymo foi utilizado em rotas entre o Alaska e a costa escocesa da Inglaterra, visitando pontos de comércio e aldeias esquimó trocando produtos industrializados e combustível por peles.

Em 1o de Outubro de 1931, quando transportava uma carga de peles, ficou preso em um banco de gelo. Seus tripulantes abandonaram a embarcação e andaram por cerca de 1km sobre o oceano congelado até a cidade de Barrow. Porém, o Baychimo desprendeu-se do gelo, e sua tripulação voltou para continuar a viagem.

No dia 08 de Outubro ele ficou preso novamente, desta vez em um local remoto, onde aeronaves da Hudson Bay Company retiraram a maior parte da tripulação, deixando apenas 15 membros no local, para vigiar se o navio conseguiria livrar-se do gelo, esperando o resto do inverno caso necessário. Devido ao perigo em manter-se a bordo em caso de esmagamento pelo gelo, a tripulação remanescente construiu um abrigo de madeira sobre o mar congelado próximo ao navio.

Uma grande tempestade abreviou o trabalho da tripulação em 24 de Novembro, pois ao tentar verificar os estragos após a tormenta, o Baychimo tinha simplesmente desaparecido. A conclusão óbvia do Imediato foi de que o navio afundara durante a tempestade.

Alguns dias depois, foi comprovado o engano do Imediato, quando Esquimós informaram o avistamento do Baychimo a cerca de 72Km do ponto de encalhe. A tripulação decidiu que mesmo livre para navegar, seria impossível sobreviver ao inverno naquela embarcação. As peles foram retiradas do barco e os 15 marinheiros foram resgatados para nunca mais voltar. O Baychimo era oficialmente um “Navio Fantasma”, que provavelmente nunca mais seria visto depois da primeira tormenta que enfrentasse.

Mas foi a partir deste momento que começou uma série de avistamentos que duraram 38 anos …

1931 – Alguns meses depois do abandono, foi visto novamente cerca de 480 km a leste.

Março de 1932 – Foi visto navegando tranquilamente perto da costa do Alasca, por um viajante, próximo à cidade de Nome.

Março de 1933 – Encontrado por um grupo de Inuites que fugiam de uma tormenta, servindo de abrigo durante 10 dias.

Agosto de 1933 – A Hudson Bay Company informou que o Baychimo continuava à deriva, mas uma operação de resgate estava fora de cogitação, pois seria muito cara.

Julho de 1934 – Foi visto por um grupo de exploradores em uma escuna.

Setembro de 1935 – Foi visto ao longo da costa do Alasca.

Novembro de 1939 – Foi abordado pelo capitão Hugh Polson, com o intuito de um resgate, mas os assustadores blocos de gelo flutuantes da região fizeram com que a tentativa de resgate fosse abortada.

Entre 1939 e 1961 – Foi avistado inúmeras vezes por vários navios, mas nunca foi tentada uma abordagem.

Março de 1962 – Foi visto navegando ao longo do Mar de Beaufort por um grupo de esquimós.

1969 – Em seu último avistamento, foi visto congelado em um bloco de gelo, 38 anos após ter sido abandonado.

2006 – O Governo do Alasca iniciou um Projeto para resolver definitivamente o caso do “Navio-Fantasma”, localizando-o. Até agora as buscas não tiveram sucesso.


O Fantasma do Marujo

De todas as histórias do mar, nenhuma é mais fantástica do que a que nos foi narrada sobre The Flying Dutchman. A lenda é baseada em um navio de verdade que, capitaneado por um hábil, porém jactancioso marujo chamado Hendrik Vanderdecken, nascido nas Índias Orientais Holandesas, zarpou em 1680 de Amsterdam para a Batávia, na ocasião um importante porto naquele país.

Embora fosse comissionado por uma sociedade mercantil para comandar o navio da empresa e trazê-lo de volta carregado, Vanderdecken tinha certeza de poder trazer seus próprios ganhos ilícitos em quantidade suficiente para deixá-lo rico.

Segundo a lenda, quando o navio de Vanderdecken teve de enfrentar uma tempestade tropical, o marujo tentou todas as manobras possíveis para manter a embarcação flutuando. A providência mais segura teria sido esperar o término da tempestade, mas, levado por um desafio feito pelo diabo em um sonho uma noite, ele decidiu ignorar as advertências do Senhor e tentou levar o navio a atravessar o cabo da Boa Esperança.

A embarcação afundou e os tripulantes morreram. Dizem que, como castigo, Vanderdecken foi condenado a navegar com seu navio até o Dia do Juízo Final.

Trata-se de uma lenda emocionante e romântica, mas testemunha após testemunha jura que é mais do que uma simples história.

Em 1835, o capitão e os tripulantes de uma nau inglesa viram um navio fantasma aproximando-se no meio de uma forte tempestade com as velas enfunadas. O navio de repente desapareceu, quando já estava perigosamente perto. Em 1881, marujos do navio britânico H. J. S. Bacchante declararam que um dos membros da tripulação caiu do cordame e morreu um dia depois da fantástica aparição.

Um fenômeno mais recente do Dutchman ocorreu em março de 1939, em Glencairn Beach, África do Sul. No dia seguinte à aparição, um jornal publicou uma matéria em que dezenas de banhistas afirmavam ter visto o navio, com detalhes sobre a visão, notando que ele estava com todas as velas enfunadas e movendo-se normalmente, a despeito da falta de vento naquele momento.

Alguns cientistas explicaram que o que todas aquelas pessoas viram era apenas uma miragem. Mas as testemunhas protestaram, afirmando que teria sido difícil para elas ver uma embarcação do século 17 com tantos detalhes, principalmente porque muitas delas jamais viram uma.


Fonte: Livro «O Livro dos Fenômenos Estranhos» de Charles Berlitz

A Televisão Assombrada


Muitos médiuns talentosos afirmam que são capazes de projetar imagens em filmes lacrados. Mas existem outros que dizem poder transmitir imagens para a tela de um televisor.

Nesse aspecto, um dos casos mais estranhos foi relatado pela família Travis de Blue Point, Nova York. Os três filhos do casal assistiam à televisão, quando viram um rosto surgir na tela, obscurecendo o programa que tentavam ver. A sra. Travis não acreditou na história quando eles lhe contaram, mas ficou abismada quando viu a imagem com seus próprios olhos. O rosto, com forma de um perfil em silhueta, parecia ser feminino, e continuou perfeitamente visível mesmo com o aparelho desligado.

A notícia da televisão "assombrada" espalhou-se rapidamente por toda Blue Point. E, durante os dois próximos dias, dezenas de pessoas, inclusive repórteres, fotógrafos e técnicos de tevê, acorreram à residência dos Travis. Cada um tinha uma teoria diferente para explicar como o rosto aparecera ali. Algumas das testemunhas, por exemplo, acharam que o perfil era um resíduo eletrônico da cantora Francy Lane, que aparecera na televisão no dia anterior. Mas essa sugestão e outras não foram aceitas.

A imagem finalmente desapareceu 51 horas depois, tão misteriosamente quanto aparecera, embora existam diversas fotos que provam que ela existiu realmente.


Fonte: Livro «O Livro dos Fenômenos Estranhos» de Charles Berlitz

Elfos, Fadas e Anões

"Um vislumbre de fadas" - Pintura de Lear Charles Hutton.

O esplendor derrama-se sobre muros de castelo 
E picos nevados de história antiga: A luz 
comprida tremula nos lagos E a impetuosa 
catarata salta gloriosa.
Toque, corneta, toque, mande a voar os selvagens ecos,
Toque, corneta; responda, ecoe, morrendo, morrendo, morrendo.
Escute, ouça! Como é agudo e claro,
E, quanto mais agudo, mais claro, mais longe vai!
Doce e longe de penhascos e escarpas
Os chifres da Terra dos Elfos tocam suavemente!

Definição: Um elfo é um ser sobrenatural, menor do que os humanos, com poderes mágicos e muitas vezes associado aos poderes elementares da terra, do mar e da floresta; uma fada é um ser sobrenatural minúsculo na forma humana, quase sempre alegre (porém, tão comumente quanto, travessa) e possuidora de poderes mágicos; um anão é uma criatura pequena, por vezes barbuda, que em geral vive em cavernas e, algumas vezes, tende a ser vingativa e travessa.

O que os crentes dizem: Elfos, fadas, anões e outras criaturas míticas como duendes e gnomos são reais e possuem poderes mágicos. Eles dividem a Terra conosco desde tempos imemoriais e inúmeros relatos dão testemunho de suas aparições e envolvimento em assuntos humanos.

O que os céticos dizem: Elfos, fadas, anões e outras criaturas míticas são todos faz-de-conta. Eles não existem em lugar algum que não em contos de fadas, lendas e épicos fantásticos, como "O Senhor dos Anéis". São fruto da imaginação e não há qualquer prova concreta de que essas criaturas tenham existido em algum lugar que não num universo fantasioso chamado "folclore". As pessoas que alegam ter visto uma fada ou um duende não viram nem um nem outro. Ou estavam sonhando, alucinando, ou inventaram a história.

Qualidade das provas existentes : Fraca.

Probabilidade de o fenômeno ser paranormal : Inconclusiva.

A fada dos dentes traz dinheiro ou presentes para as crianças em troca dos dentes que caíram e foram colocados sob o travesseiro. Quando eu era criança, a gente ganhava 25 centavos. Entendo que a fada tenha reajustado seu preço e que o normal agora seja pagar um dólar por dente perdido.

Os elfos ajudam Papai Noel a construir todos os brinquedos que ele leva para as crianças bem-comportadas de todo o mundo. Esses elfos são conhecidos como os ajudantes do Papai Noel, são pequenos, geralmente se vestem de verde e trabalham com afinco.

Eles devem ter uma fábrica e tanto no polo Norte, se levarmos em consideração todos os brinquedos que as crianças encontram sob a árvore de Natal ao acordarem.

Nossa fada madrinha cuida de nós, tal qual um anjo da guarda. Não dá para deixar de imaginar se eles trabalham em regime de escala.

Os duendes, que são uma espécie de elfos, são conhecidos por fazerem travessuras com as pessoas e também por saberem onde está escondido o tesouro. Que tesouro?, você pode me perguntar. O pote de ouro no final do arco-íris! Na próxima vez que vir um, certifique-se de olhar em volta à procura de um duende. Se o vir, pergunte a ele onde está o tesouro; segundo a lenda, ele será obrigado a dizer. Você poderia se aposentar mais cedo.

Na trilogia "O Senhor dos Anéis", de J. R. R. Tolkien, a raça élfica é imortal; os anões são mineradores famosos que construíram gigantescas e magníficas galerias e câmaras sob as montanhas. Os elfos de Tolkien parecem com os homens; seus anões são pequenos, atarracados e barbudos — mesmo as mulheres.

Esses são apenas alguns exemplos da amplitude da mitologia com relação a elfos, fadas e anões.

Eles são reais?

As lendas configuram um maravilhoso enriquecimento de nossa cultura global, de modo que ninguém consegue evitar se sentir um estraga-prazeres ao afirmar que elfos, fadas, duendes e todos os seus amigos místicos e travessos não são nada além de mera fantasia.

Elfos de Rivendell.


Gêneros inteiros de literatura fantástica têm sido criados em torno das lendas sobre elfos e seus associados. Algumas pessoas adotam nomes élficos, vestem-se especialmente para festas à fantasia e aprendem a falar a língua élfica.

Distrações idiotas, você diria?

Talvez. Mas será que algo que alimenta tão bem a necessidade humana de fantasia e coisas extravagantes deve ser considerado sem sentido e uma perda de tempo?

E aí está o poder persistente das lendas sobre criaturas míticas: ponderar sobre sua existência e viver na realidade de seu mundo expande a mente, estimula a criatividade e dá satisfação.

O poder da fantasia não pode nem deve ser banalizado ou descartado como algo tolo e imaturo.

Desse modo, sim, Virgínia, Papai Noel existe. E Elrond vive em Rivendell, e a fada dos dentes é quem deixa dinheiro sob o seu travesseiro.

Por acaso, a verdade não vem em várias formas e tamanhos?


Fonte: Os 100 Maiores Mistérios do Mundo - Stephen J. Spugnesi - Difel 2004