terça-feira, 7 de junho de 2016

O Homem que Não Podia Ser Enforcado


Nos degraus do cadafalso erigido para sua execução, o carrasco perguntou a John "Babbacombe" Lee se ele tinha um último pedido a fazer, antes de morrer.

- Não - respondeu. - Vamos logo com isso.

A data era 23 de fevereiro de 1885, e Lee estava para ser enforcado pelo assassinato de sua empregadora, Emma Ann Keyes, de Exeter, Inglaterra, que fora encontrada com a garganta cortada e a cabeça esmagada por uma machadinha. Agora a justiça estava para ser feita. O carrasco enfiou um saco na cabeça de Lee e apertou o nó corrediço em seu pescoço. Em seguida, deu o sinal para que fosse aberto o alçapão. Nada aconteceu.

O nó corrediço foi tirado do pescoço de Lee, e o mecanismo do alçapão examinado, em busca de defeitos. Nada de errado foi encontrado. Então, o prisioneiro foi colocado diante do carrasco outra vez. A ordem foi dada e, novamente, o mecanismo não funcionou. Dessa vez, as bordas do alçapão foram aplainadas para assegurar um funcionamento perfeito. Mas, pela terceira e, finalmente, quarta vez, o alçapão recusou-se a se abrir.


Sem saber o que fazer, o xerife levou Lee de volta a sua cela. O caso chegou às primeiras páginas dos jornais e até mesmo a Câmara dos Comuns uniu-se aos debates sobre o que fazer com "o homem que não podia ser enforcado".

Finalmente, a pena de Lee foi comutada para prisão perpétua. Depois de 22 anos atrás das grades, o homem de mais sorte do mundo foi posto em liberdade condicional, em dezembro de 1907.

Lee viveu pelo menos outros 35 anos, e parece que morreu em Londres em 1943. Embora sua milagrosa fuga do laço do carrasco tenha sido freqüentemente ressuscitada por repórteres, que gostam do fantástico e do inusitado, nenhuma explicação satisfatória jamais foi encontrada para a alçapão defeituoso.


Fonte: Livro «O Livro dos Fenômenos Estranhos» de Charles Berlitz

Ossos Pulverizados


Muitos mistérios podem ser classificados em categorias específicas, sejam eles referentes a OVNIs, monstros surgidos de lagos, o Abominável Homem das Neves, ou poltergeists endiabrados. No entanto, em certas ocasiões, ocorre alguma coisa tão estranha e bizarra que estabelece uma nova categoria especial. Esse certamente parece ser o caso do desaparecimento - e da descoberta - de um Learjet, avião a jato perdido sobre o deserto egípcio a sudoeste do Cairo.

O avião já estava presumivelmente desaparecido no dia 11 de agosto de 1979, quando decolou de Atenas, com destino a Jeddah, mas não chegou ao seu destino.

A bordo do avião estavam o proprietário do aparelho, o armador libanês Ali Eldin al-Bahri, Peter Seime, um sueco especialista em petróleo, Theresa Drake e dois pilotos. O avião foi localizado por diversos radares, e tinha combustível suficiente para quatro horas de vôo, quando foi contatado pela última vez pela torre de controle do Cairo. Nenhum chamado de socorro foi ouvido.

Mas o Learjet nunca chegou a Jeddah. As forças aéreas do Egito e da Arábia Saudita montaram uma busca intensa ao longo da rota de vôo do avião, mas seus destroços não foram encontrados. A família de Al-Bahri gastou mais de 1,5 milhão de dólares contratando pesquisadores particulares, que o procuraram até no Quênia. Mesmo assim, nenhum Learjet foi encontrado.

No entanto, em fevereiro de 1987, uma equipe de arqueólogos encontrou o avião perdido, a 435 quilômetros a sudoeste do Cairo. A fuselagem estava intacta e não havia nenhum sinal de fogo, embora uma asa estivesse a cerca de 1,5 quilômetro do local principal. Beduínos haviam, aparentemente, encontrado o jato alguns anos antes e tinham depenado seu interior.

À primeira vista, não havia restos de seres humanos a bordo. Uma inspeção mais aprofundada, todavia, revelou ossos humanos moídos, quase pulverizados, empilhados no piso do avião.

- O maior desses ossos - disse Tom, pai de Theresa Drake -, não era maior do que um polegar.

O professor Michael Day, osteólogo do Saint Thomas Hospital, em Londres, achou que os ossos deveriam estar quase intactos.

- Em oito anos, eles certamente não deveriam ter começado a se desintegrar. Nem mesmo animais ferozes teriam deixado fragmentos tão diminutos - disse Day.


Fonte: Livro «O Livro dos Fenômenos Estranhos» de Charles Berlitz

As Estranhas Criaturas da Austrália

Esquerda: Uma criatura descrita pelo topógrafo australiano Charles Harper, como ilustrado pelo artista Will
Donald no Sydney Sun em 1912. Direita: Estátua de madeira do yowie em Kilcoy, Queensland, Austrália.

Os himalaios têm seu próprio Yeti. E na Austrália, criaturas peludas semelhantes a macacos são conhecidas como yowie. Na verdade, de acordo com o naturalista local Rex Gilroy, a área de Blue Mountain, a oeste de Sydney, já foi palco de mais de 3 mil aparições dessas criaturas.

Em dezembro de 1979, Leo e Patrícia George resolveram se aventurar pelo lado oriental da Austrália, em busca de um local tranquilo para um piquenique. Mas seu passeio de domingo foi subitamente interrompido quando eles viram a carcaça de um canguru mutilado.

- Além disso - declararam eles -, o aparente perpetrador da mutilação estava a apenas uns 12 metros de distância.

Eles descreveram uma criatura coberta de pêlos e "pelo menos com 3 metros de altura", que parou e olhou para eles, antes de finalmente procurar abrigo na vegetação.

O piquenique foi rapidamente cancelado, mas Gilroy ainda tem planos de montar uma expedição por conta própria e sair ao encalço do lendário animal.


Fonte: Livro «O Livro dos Fenômenos Estranhos» de Charles Berlitz